A voz, responsável pela transmissão de nossas idéias e pensamentos é produzida a partir do ar que vem dos pulmões. Esse ar, ao passar entre as pregas vocais, localizadas na laringe, desencadeia um movimento ondulatório produzindo o som vocal. A voz que produzimos é absolutamente individual, é nossa “marca registrada” e funciona como a impressão digital. Este som é dirigido para as cavidades da boca e nariz (articuladores e cavidades de ressonância) onde é modificado e amplificado. As cavidades de ressonância alteram as características sonoras da voz contribuindo para a ocorrência dos diferentes timbres vocais. Ao mesmo tempo, a ação dos articuladores (lábios, dentes, língua e mandíbula) sobre o som que vem da laringe modifica-o, dando origem às palavras que emitimos.

Quando apresentamos dificuldade de produzir a voz de modo natural isso dá origem ao que denominamos disfonia. As disfonias podem ocorrer como resultado de um mau uso da voz, bem como por alterações no funcionamento e na estrutura do mecanismo vocal. A disfonia revela esforço ao falar, cansaço vocal pelo uso incorreto da voz, rouquidão, falta de projeção vocal, alteração da frequência fundamental (voz aguda ou grave), excesso de soprosidade na voz, volume vocal alterado, e ou, tensão excessiva ao falar.

A terapia fonoaudiológica está voltada para o atendimento das alterações da voz bem como para a estética vocal. Quanto aos problemas relacionados à voz o trabalho fonoaudiológico é focado nos aspectos alterados para que se possa desenvolver um planejamento individualizado de acordo com o diagnóstico médico e fonoaudiológico. Levando-se em conta que o nosso modo de falar causa impacto no ouvinte, aperfeiçoar a nossa voz propicia melhor entendimento da mensagem que transmitimos o que é base para o trabalho fonoaudiológico de estética vocal.